sexta-feira, 30 de julho de 2010

Obesidade aumenta o risco de fibromialgia em mulheres

Um estudo dos pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia indica que um elevado Índice de Massa Corpórea (IMC) e a falta de exercícios físicos podem estar associados ao desenvolvimento de fibromialgia.

Fibromialgia é uma síndrome dolorosa não-inflamatória, caracterizada por dores muscularesdifusas, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos sob pressão (os pontos podem ser verificados na imagem à direita).

No periódico Arthritis Care & Research, no qual o estudo liderado por Paul Mork foi publicado, eram apresentados os seguintes resultados: Mulheres que se exercitavam quatro vezes por semana apresentavam 29% menos riscos de desenvolver a doença. Quanto maior oIMC, maiores os riscos de ter fibromialgia no futuro.

Segundo o estudo, a redução do tônus muscular simpático – um dos responsáveis pelas batidas do coração – é um sintoma observado tanto em pacientes obesos quanto naqueles com fibromialgia. Essa é a hipótese que sustenta o estudo norueguês.

A relação direta entre IMC e fibromialgia ainda não foi explicada, mas existem alguns caminhos. Os estudos sugerem que ascitoquinas (proteínas inflamatórias) e os problemas relacionados ao sistema hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA) podem ser a chave para tal relação.

O que os pesquisadores noruegueses alertam com esse estudo é que pessoas que praticam exercícios físicos regularmente estarão mais preparadas para combater doenças que atinjam o conjunto muscular-esquelético, como a fibromialgia.